Nas ruas imaginárias duma cidade inexistente
Pisando as pedras velhas dum passado outrora crente
Jovens deuses deambulam no futuro da sua existência
Vestidos de homens respiram a decadência
Nas águas turvadas por essências irreais
Imagens pardas dum passado de mortais
Deslizam ocas e riem sem piedade
Gritando ao vento mensagens de saudade
Na noite eterna sem crepúsculo e sem aurora
Passeiam almas inocentes que outrora
Vidas plenas felizes ou desgraçadas
Se transformaram em fantasmas às manadas
Agarradas às árvores calcinadas tais espectros em paisagem de sonho
Vozes primitivamente quentes perdem-se no horizonte medonho
O próprio vento que se quisera de saudade
Uiva de dor nas encostas da cidade
Antanho Esteve Calado
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